Coleção Estudos Medievais


 

 

A Cavalaria:

Da Germânia antiga à França do século XII

 

O que foi historicamente a Cavalaria? Seus registros na documentação medieval não estão limitados às narrativas ficcionais, e é legítimo perguntarmos que ligação a literatura cortês, que nos fascina com Lancelote, Ivan e Tristão, tem com a Cavalaria tal como nos surge a partir de um quadro documental mais vasto. Em nossa memória, entram em acordo e, por vezes, se diluem em dado comum os conceitos de Cavalaria e cortesia. No entanto, ambos merecem tratamento histórico diferenciado. O que, portanto, define a Cavalaria? Dominique Barthélemy discute essas questões com profundidade e convence-nos do quanto nossa imaginação da Cavalaria é quixotesca e quão mais antiga e complexa é sua realidade documental.

 

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A Cavalaria

 

 

 

Guerra santa:
Formação da ideia de cruzada
no Ocidente cristão

Em Guerra santa temos a oportunidade de acompanhar o percurso de Jean Flori em defesa de um conceito de cruzada. A pergunta da qual parte seu estudo é: como a comunidade cristã, em sua origem pacifista, desenvolveu um pensamento e uma prática em relação à violência bélica que lhe permitiram aderir de forma justificada e legítima a diversas empresas guerreiras a ponto de a Igreja vir a tornar-se a deflagradora direta de um conflito com a extensão e a repercussão das cruzadas? O propósito da obra consiste em demonstrar que essa mudança não foi repentina.

 

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Guerra Santa

 

 

 

O legado de Roma:
Iluminando a idade das trevas, 400-1000

O público de língua portuguesa tem em mãos um livro ousado. A ousadia decorre, em primeiro lugar, do propósito de enfrentar os embaraços históricos e historiográficos, as visões consolidadas do passado que, desde o século XVIII, se não antes, rondam a imaginação histórica do Ocidente – incluindo as culturas que com ele se identificam – e que fazem do paradigma romano, sobretudo de seu período final, uma espécie de meta-história, uma providência terrena que tudo fez, tudo explica e dá sentido a tudo. Em segundo lugar, o livro ousa encarar uma cronologia extensa, 600 anos, a partir de uma geografia ainda mais extensa – toda a bacia mediterrânea com seus múltiplos interiores –, de modo que somos expostos a mundos conhecidos e desconhecidos, a cidades extravagantes, como Constantinopla, Bagdá ou Toledo, e a “sertões” setentrionais – a Eurásia profunda – nos quais se ouvem mais silêncios do que vozes.

 

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O Legado de Roma

 

 

 

Satã herético:
O nascimento da demonologia
na Europa medieval (1280-1330)

Satã herético é um estudo sobre os primórdios da obsessão europeia pelos demônios da qual resultou a caça às bruxas, cuja história é geralmente contada a partir de primórdios do século XV, quando doutrina e perseguição coincidem. Identificando os elementos fundamentais para a mudança da sensibilidade em relação aos anjos caídos, Alain Boureau mostra como as condições teológicas e jurídicas para a perseguição pública aos adoradores do demônio já haviam sido estabelecidas, bem antes, entre 1280 e 1330.

 

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Satã herético

 

 

 

O nascimento do cemitério:
Lugares sagrados e terra dos mortos
no Ocidente medieval

O livro de Michel Lauwers altera e enriquece de forma significativa nossa percepção da sociedade medieval. O estudo apoia duas mudanças de ponto de vista afirmadas pela historiografia recente. Em primeiro lugar, que as relações sociais no período não são estáticas e que as razões da dominação não estão depositadas apenas na força das armas e no temor religioso. A obra propõe um quadro diferente à imaginação comum congelada em torno da ideia de uma sociedade cuja organização encontra-se completamente orientada pelos laços feudo-vassálicos, em que a aristocracia, que inclui os homens de poder do clero, se apropria da riqueza produzida por aqueles que trabalham. Sem romper com a ideia de sociedade feudal, Lauwers desvenda aspectos cruciais de sua constituição ideológica e funcionamento cotidiano.

 

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Governar é servir:
Ensaio sobre democracia medieval

Inspirado em Michel Foucault, o historiador Jacques Dalarun discute o exercício da autoridade em algumas comunidades religiosas medievais. Ele estuda como, ao longo da Idade Média, se conforma o governo no interior das comunidades monásticas. O foco da narrativa concentra-se nos séculos XII e XIII, quando as ordens mendicantes introduzem novas práticas de vida comum. Nesse contexto, Domingos de Guzmán, Francisco e Clara de Assis, entre outros, inventaram uma forma de governo em suas ordens religiosas em que governar é servir.

Jacques Dalarun foi professor de história medieval na Universidade de Franche-Comté (1989-1990) e diretor de estudos medievais na Escola Francesa de Roma (1990-1997). Desde 2013 é membro do Institut de France. Foi professor visitante em universidades na Itália, nos Estados Unidos, no Japão, na Austrália, no Líbano, na Nova Zelândia e no Togo.

 

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Inventar a heresia?
Discursos polêmicos e poderes antes da Inquisição

O objetivo deste livro é discutir a heresia e as estratégias desenvolvidas pela Igreja em relação a ela. A partir da hipótese de que os discursos anti-heréticos são construídos para defender a progressão da instituição eclesial e prevenir ou afrontar resistências a ela, os autores desta obra coletiva (dois especialistas da Antiguidade e oito medievalistas) examinam num encadeamento lógico os dossiês de suas próprias pesquisas: Santo Agostinho († 430) contra Fausto; os primeiros Pais da Igreja contra os gnósticos; o bispo de Cambrai contra os hereges de Arras; o Abade de Cluny, Pedro, o Venerável († 1156), contra Pedro de Bruis († 1131) e seus discípulos; um monge contra o herege Henrique e anônimos contra “a heresia”. Tais dossiês contemplam também o problema das preces pelos mortos e dos dons à Igreja para a salvação das almas, as relações entre Pedro Valdo († 1217) e a Igreja de Lyon, bem como o papel dos cistercienses no estabelecimento da denominação “albigenses” para os diversos agrupamentos heréticos do Sul da França, mais tarde, em meados do século XX, chamados, de forma igualmente ampla e imprecisa, de “cátaros”.

 

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